Qual o seu foco?

Qual o seu foco?

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Recentemente ouvindo o Fernando Ulrich um economista – no real sentido da palavra – que acompanho há anos, percebi que deve-se trazer para o planejamento patrimonial o “perfil do investidor”, classificação esta que é muito utilizada no mundo financeiro.

Estes perfis são, o conservador, o moderado e o agressivo (também chamado de arrojado), de forma resumida eles podem ser explicados como:

Conservador: São as pessoas que estão priorizando a segurança.

Moderado: Se localiza entre os conservadores e os arrojados. Ele está priorizando a segurança, mas já possuindo certa tolerância a riscos.

Agressivo: Está em um momento de não sentir muito frio na barriga. Ela aposta que as perdas de curto prazo são momentâneas e necessárias para aproveitar oportunidades interessantes.

Em grande medida podemos fazer uma analogia destes perfis com os “focos” que se deve-se ter em cada momento da vida. Ele se altera no tempo e consequentemente altera o objetivo do planejamento patrimonial que deve existir naquele momento.

No início da vida profissional, muitas vezes o foco da pessoa é a criação do patrimônio, principalmente com investimento pessoal em qualificação profissional, pode também se aventurar em investimentos de maior risco.

Este é o momento da vida em que mais facilmente pode-se buscar ganhos expressivos, inclusive com alto risco, eventuais perdas que aconteçam podem ser recuperadas no longo prazo.

Neste estágio a vida pode tender muito para o perfil arrojado ou agressivo e o planejamento deve ser no sentido de segmentar o patrimônio, fazendo com que as perdas não atinjam tudo o que foi amealhado, ou seja, deve-se evitar que uma empreitada malsucedida afete as demais frentes.

Depois de alguns anos, com algum patrimônio já formado, talvez até já com responsabilidades com cônjuges e filhos o risco deve ser reduzido, ficando mais moderado em suas apostas, entretanto, não perdendo oportunidades com bom custo-benefício. Neste estágio além de manter o patrimônio protegido das operações corriqueiras, o objetivo do planejamento deve ser o de manter um crescimento estável fomentando rendimentos. Muitas vezes, analisando pelo lado tributário, otimizando o uso deste patrimônio e evitando despesas desnecessárias.

Com a idade vindo, patrimônio já formado e estabelecido, pensando-se em um momento de aposentadoria, com o início da preparação do patrimônio para seus herdeiros, o risco deve ser reduzido expressivamente, perdas nesta etapa da vida dificilmente serão recuperadas e podem prejudicar o próprio sustento.

Aqui analogicamente pode-se pensar no perfil conservador, em que se busca no planejamento a transferências dos bens, a governança corporativa, economia nos tributos ligados a troca de proprietários e principalmente o sustento próprio e a proteção da família com a sucessão limpa ou seja evitando discussões usuais em um processo de inventário.

Consegues identificar em que estágio você se encontra?

Para acessar um pequeno pedaço do citado vídeo do Fernando Ulrich clique aqui.

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